  PHOTOSHOP LIGHTROOM 2   Instalação e execução A primeira coisa que chama a atenção e causa susto é abrir o Lightroom 2 e ele pedir para realizar o upgrade do catalog. Glub! Quem não se lembra do fiasco que foi a atualização para a versão 1.4? Tudo bem. Lendo a mensagem com mais atenção, fica razoavelmente claro que será gerado um novo catalog em paralelo ao já existente. Porém, ainda fica aquela dúvida: e o que acontecerá com os arquivos XMPs? Por via das dúvidas, fiz backup de tudo e optei por abrir um catalog sem maior importância. A interface Que falar da interface do Lightroom 2? A Adobe sempre apresentou um certo conservadorismo em matéria de atualização de interface e com o Lightroom 2 não foi diferente. Não ocorreram mudanças senão no posicionamento de alguns pequenos e isolados elementos, notadamente na aba Develop. No mais, continua com a mesma interface engessada e, por vezes, tão enervante. A propósito, efetuar ALT+TAB (Windows) para alternar entre o Lightroom e outro aplicativo qualquer continua interferindo com a apresentação das abas. Library - Folders Como primeiríssima impressão parece que nada mudou, senão uns fru-frús banais. Mas assim que a exploração ocorrer com mais paciência, encontrará boas surpresas. Opções como Show in Explorer (Windows), criação de novos de folders e subfolders, adição de folders já existentes, opções para renomear folders (e com consequente renomeação da pasta em disco) e a não menos útil função "Update folder location", conferem a nítida impressão de que a organização em pastas começa a ganhar ares de seriedade ao incorporar a possibilide de se trabalhar mais integrado a shell do sistema operacional. A despeito disso, ainda está anos luz de ser um file manager prestável. Continua fazendo falta uma opção amigável para criar folders diretamente na raiz do catalog (agora até é possível fazer algo assim, mas não sem muitos cliques), a barra de rolagem continua sendo apresentada do lado esquerdo dos folders, local muito pouco intuitivo, continua não disponibilizando opções para sortear os folders e, para não me extender demais e resumir de vez o assunto, a organização de arquivos continua pouco amigável, engessada como fica na interface imposta pelo Lightroom. Develop - Graduated Filter O Graduated Filter é uma novidade que não estava presente no beta. Trata-se de uma espécie de filtro GND, via software evidentemente, que possibilita ajustes de imagem baseados em "efeitos" como Exposure, Brightness, Contrast, Saturation, Clarity, Sharpness e Color. Por simular um filtro GND, opera sempre com um lado inteiro da imagem (superior, inferior, esquerda, direita) e não permite ajuste pontual. A primeira vista parece uma funcionalidade boba mas rapidamente descobre-se sua utilidade naquelas situações que requeiram ajustes comuns em amplas zonas como, por exemplo, aquele que se dá num dos usos clássicos de filtros GND e que consiste no ajuste de exposição do céu. Develop - Adjustment Brush Aquilo que o Graduated Filter não faz, e que consite em correções e ajustes pontuais, em setores bem específicos da imagem, o Adjustment Brush entra em ação para oferecer algúm socorro. Inicialmente funciona como um brush comum: você seleciona a ferramenta e um efeito qualquer - Exposure, Brightness, Contrast, etc - ajusta as características do brush (size, feather, flow e density) e "pinta" uma mask que definira a zona de aplicação do efeito. Ao concluir a demarcação da zona, um adjusment pin (ou âncora) é fixado na imagem e o efeito é imediatamente aplicado sobre a região. Ai começam alguns pequenos aborrecimentos. De imediato, uma vez que o adjustment pin esteja fixado, não é possível mudá-lo de posição. Consegue apenas controlar a extensão da mask através de operações de erase e/ou paint, o que pode criar o efeito colateral de ficar com um adjusment pin isolado, perdido, e eventualmente longe da zona de efeito. Evidentemente que não se trata de algo grave, requerendo apenas um pouco de hábito para se acostumar a idéia de ter um ponto fixo. Mas há algo que, este sim, é bastante chato: não é possível desabilitar temporariamente este ou aquele adjusment pin para fins, por exemplo, de comparação. Ou desabilita todos ou não desabilita nenhum! Finalmente, vale ressaltar que as ferramentas de edição não fazem milagres, notadamente quando o assunto é corrigir exposição. Mesmo levando-se em conta o fato de operarem diretamente no espaço linear proporcionado pelo RAW, o uso exagerado do efeito exposure, traz como imediata consequência o exagerado aumento no nível de ruído. Print to JPEG Já havia abordado com certos detalhes esta funcionalidade no beta. Na versão final nada mudou o que, confesso, me deixou bastante desapontado. O módulo Print do Lightroom continua sendo imprestável para quem pretende imprimir em minilabs. E não há nada mais a dizer sobre este assunto. Integração com o Photoshop Tudo aquilo que já vimos no LR 2 Beta continua aqui. Editar diretamente no Photoshop, abrir como Smart Objects, Merge to Panorama, Merge to HDR e, finalmente, Open as Layers. Este é um ponto "forte" da nova versão. Digo "forte" entre aspas porque de fato é uma funcionalidade ridículamente simples, que deveria existir desde a versão 1.0 do LR. Mas tudo bem. Sua existência agora irá facilitar bastante o trabalho do dia-a-dia, ainda mais que as facilidades de correção local presentes no Lightroom não são lá grandes coisas e mais do que nunca o Photoshop se faz necessário.     |